Soa estranho como são divulgados alguns números nessas eleições. Parece que tentam esconder ou manipular as informações passadas ao público.
O Estado de S. Paulo publicou no dia 22 de agosto, na página 22a, a última pesquisa Estado/Ibope/Globo, com os seguintes números.
"Pesquisa Estado/Ibope/TV Globo sobre as intenções de voto para o governo de São Paulo mostra que o candidato José Serra (PSDB) perdeu 3 pontos porcentuais - um pouco acima da margem de erro (de 2 pontos) -, mas continua vencendo a disputa no primeiro turno com grande folga. Ele tem 46% e a soma dos seus adversários dá 29%. Seu principal adversário, Aloizio Mercadante (PT), continua estacionado nos 15% da pesquisa anterior."
A informação correta, segundo o site do Ibope, aponta Serra que perdeu sim os 3% em relação à última pesquisa, mas ficaria com 43%, diferentemente do que foi publicado.
Seria medo de mostrar uma queda mais acentuada do que o normal?
Por que fariam isso em um jornal de renome?
A dúvida fica no ar.
Todos os outros jornais da capital e as rádios divulgaram 43%. Seria possível que justo a empresa que contratou a pesquisa deixasse um erro desses passar sem ser notado?
Difícil.
Outro exemplo aconteceu hoje (24), com a rádio Jovem Pan. A emissora tem evitado citar a agenda, as propostas e tudo o que envolva o candiadato do PDT, Carlos Apolinario.
Hoje, enquanto toda a mídia anunciava os números do Datafolha divulgados na quarta-feira (23), em que Apolinario aparece nas pesquisas com 2%, a Jovem Pan ignorou o candidato em alguns boletins e, quando falava, anunciava que o pedetista tinha apenas 1% das intenções de voto.
É uma diferença mínima? É.
Mas para quem tem 2%, significa 50% de diferença.
Um erro desses não pode acontecer (se é que trata-se de erro) em uma rádio com tanta audiência.
Prestem atenção nestes detalhes e verão como acontece coisas muito estranhas na mídia quase todos os dias.
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