Análise das campanhas para Governador do estado de São Paulo

Esse blog tem como função analisar a campanha política dos principais candidatos ao cargo de governador do estado de São Paulo. Sem demagogias e sem rabo preso analisaremos de uma maneira profissional e técnica as principais estratégias, ações e resultados dessas campanhas. Com isso devo ressaltar que a intenção aqui não é fazer propaganda política para nenhum candidato. Vamos analisar as peças da campanha e verificar se o rumo do nosso estado estará em boas mãos.

09 agosto 2006

Essa foi a melhor das eleições de 2006!!

Incrível como esse cara tem cara de pau para mentir desse jeito...

José Serra diz que não abandonou a prefeitura de São Paulo.

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, disse nesta terça-feira (8/8) em entrevista à rádio CBN que não abandonou a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do Estado.

Serra explicou que quando se candidatou à prefeitura da capital paulista não pensava em ser candidato ao governo do Estado, mas que o partido o escolheu e ele aceitou porque como governador poderia cuidar ainda melhor da capital.

"Existem coisas que se impõem na vida da gente. Além do mais, vou continuar em São Paulo", declarou. "Não saí de lá e vou continuar a olhar por São Paulo como governador porque muitas coisas que precisam ser melhoradas no município são de responsabilidade do Estado, como, por exemplo, o transporte sobre trilhos."

Eleições de 2010
José Serra negou que, em vez de estar trabalhando em um plano para São Paulo, esteja lançando uma plataforma para uma eventual candidatura à Presidência em 2010, no caso de o presidente Lula ser reeleito este ano. "Tenho um programa de governo para o Estado como tive para a Prefeitura", disse.

Segurança Pública
Sobre os problemas de segurança pública, José Serra disse que é importante uma integração das forças do Estado para combater o crime organizado. "O Ministério Público não é inimigo do Estado, o inimigo é o crime." E disse que o governo federal deve ter um papel mais atuante porque é atribuição da polícia federal desmantelar as organizações criminosas.

O entrevistador perguntou a Serra por que o PSDB, nos 12 anos em que esteve à frente do Estado de São Paulo, não conseguiu combater o crime. Serra se defendeu. "Mário Covas encontrou aqui até viaturas sem pneus e fez, sim, muito pela segurança pública do Estado."

Segundo Serra, nunca se prendeu tanto como nos três governos do PSDB. "Os índices de criminalidade também caíram nesses 12 anos, mas aí surgiu um novo problema, que é a superpopulação carcerária", disse.

Se eleito governador, Serra disse que investirá na construção de presídios de segurança máxima, na maior capacitação dos serviços de inteligência da polícia e em uma nova organização dos presídios, separando os detentos de acordo com a natureza dos crimes cometidos.

Febem
José Serra disse que não pretende acabar com a Febem porque ganharia outro problema: o que fazer com os cerca de 6 mil menores que estão atualmente internados. "Temos que reorganizar também. Dos 6 mil menores que estão presos, apenas 15% são considerados perigosos. Temos que separá-los e descentralizar a Febem."

O problema que o governo enfrenta para construir unidades da Febem em municípios do interior, segundo o candidato, é que as prefeituras não aceitam. Serra disse que pretende contornar o problema oferecendo aos municípios benefícios em contrapartida.

Educação
Serra reafirmou a sua proposta de investir na educação pública do Estado e na formação do aluno como um todo. "Não podemos jogar as crianças fora como se joga fora a água do banho."

Disse que pretende colocar dois professores nas salas de aula em que houver necessidade e que vai reforçar o ensino principalmente de aritmética e ciências. "Eu sou professor e é como professor que sei o que é preciso para melhorar a qualidade de ensino."

Máfia dos sanguessugas
O candidato mais uma vez se defendeu das insinuações de que teria envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Serra explicou que as fotografias em que aparece ao lado de deputados que teriam sido beneficiados pelo esquema de compras superfaturadas de ambulâncias não provam nenhum envolvimento com a máfia. "Eu era ministro da Saúde, participava dessas solenidades e tirava milhares de fotografias", explicou. "E você pode notar que não parece nenhum mensaleiro ao meu lado."